O Dia – 02/09/2023
Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde, revelou que a expectativa da campanha é conseguir atualizar 600 mil cadernetas de vacina no primeiro dia
A cidade do Rio teve grande movimentação em postos de saúde, neste sábado (2), no Dia D de Multivacinação. O mutirão tem o objetivo de atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes de zero a 14 anos. A imunização para adultos também é feita. A campanha foi iniciada oficialmente às 7h50 deste sábado, no Centro Carioca do Olho, em Benfica, na Zona Norte.
Ao DIA, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que a expectativa da campanha é conseguir atualizar 600 mil cadernetas de vacina no primeiro dia. “É é um desafio imenso, né? A gente está convocando todos os pais e responsáveis para a campanha que começa hoje e acaba dia 15. Então, tem bastante dias aí para os pais procurarem uma das unidades de vacinação e conferirem a caderneta. A nossa recomendação é que deem preferência para procurar uma unidade no dia de hoje. São 600 pontos espalhados em toda a cidade”, contou.
Ainda segundo o secretário, a vacina que mais preocupa é a da HPV. Entre todos os imunizantes, ela é a que tem a menor taxa de cobertura vacinal. “É uma vacina que as crianças já tão um pouquinho mais velhas, a partir dos nove anos. Às vezes os pais não se preocupam tanto e deixam essa vacina faltar no calendário. No entanto, ela protege contra o câncer do colo de útero e contra vários tipos de cânceres. É muito importante que que os pais fiquem atentos a essa vacina também”, reforçou Soranz.
Questionado quanto a nova variante da covid-19 e novo aumento de casos da doença em outros países, Soranz reafirmou a confiança na alta cobertura vacinal contra o vírus no Rio, que tem 90% dos cariocas com a segunda dose do imunizante. “Essa cobertura por ser alta, dá tranquilidade. Mas, por outro lado, ela não dura para sempre. Como a proteção vai caindo ao longo do tempo, é importante tomar a vacina bivalente, para manter essa tranquilidade que a gente está vivendo. A nova variante é sensível a vacina como as demais”, explicou.
No Centro de Saúde Carioca, a confeiteira Lorraine Campos Siqueira, 34 anos, aproveitou o fim de semana para fazer exames quando viu a oportunidade para completar a caderneta de vacinas. “Eu achei bem legal fazer essa campanha. Vim aqui fazer um exame e vi que está tendo essa campanha e como eu tinha algumas vacinas em atraso, achei legal botar em dia. Nunca peguei covid-19, mas é melhor prevenir. Posso pegar ainda, né?”, contou.
Já a idosa Zilda Enema, 68, estava no local para realizar um exame de densitometria óssea quando foi avisada do mutirão. “Já tive covid-19 logo no começo [da pandemia] e fiquei muito mal. Aí, dessa vez, eu falei: ‘já que estou aqui e está dando [a vacina]. Estou no lugar certo, né?”, afirmou a aposentada.
No Centro Carioca de Saúde a maior parte do público vacinado neste sábado foram de adultos, com poucas crianças e adolescentes no local. Já no Centro de Saúde Heitor Beltrão, na Tijuca, Zona Norte, muitos pais e responsáveis trouxeram suas crianças para atualizar a caderneta de vacinação. Devido ao fim de semana, alguns postos de aplicação de vacina receberam atrações culturais.
O posto Heitor Beltrão contou com uma apresentação de músicos da bateria da escola de samba do Salgueiro. Na Praça Saenz Peña, que também recebeu um ponto de vacinação, teve a presença de artistas de rodas de samba da cidade.
A ação deste sábado foi integrada ao “Vacina, Rio“, uma grande mobilização intersetorial que engloba diversas iniciativas para estimular a imunização de cariocas de todas as idades e em todas as regiões. No dia D, foram disponibilizados, das 8h às 17h, mais de 600 pontos de vacinação, entre unidades de saúde e postos extras espalhados por toda a cidade, facilitando o acesso da população.