Extra – 05/02/2023
As unidades com atendimento ao público acometido pela virose funcionam na Zona Oeste da cidade, região com maior concentração de casos
A Prefeitura do Rio inaugurou três polos de atendimento a pacientes com dengue na manhã desta segunda-feira. A abertura dos polos na Zona Oeste, área com maior registro de casos na cidade, faz parte de um plano de contingência que prevê uma série de ações, incluindo mais sete locais para atendimento. Em decreto publicado no Diário Oficial, o prefeito Eduardo Paes declarou estado de emergência de saúde pública devido à epidemia. O início do atendimento na unidade de Curicica, que passa a funcionar no Hospital Municipal Raphael de Paula Souza, teve a presença do secretário municipal de saúde do Rio, Daniel Soranz, e da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que destacou a importância da participação da população no combate à proliferação de foco do mosquito:
— Há quase 40 anos nós temos convivido com epidemia de dengue e sabemos quais são os cuidados necessários, que funcionam e são fundamentais neste momento. Quero fazer um apelo a toda população. Sabemos que 75% desses focos encontra-se nas nossas casas. Os agentes de endêmicas são fundamentais para o controle. É importante que eles sejam recebidos pela população. O ministério vai estar junto, como tem que ser, na saúde pública e como voltou a ser na gestão do presidente Lula.
O polo de Curicica — na Estrada de Curicica, 2.000 — conta com 20 cadeiras de medicação e um ambulatório do hospital para atendimento a pacientes com dengue. São cinco consultórios ativos. Quem chega com sintomas passa pela coleta de sinais vitais e de sangue para ser feito hemograma, com resultado entre uma e duas horas. Neste tempo, o paciente é atendido por um médico. Entre as orientações, pode ser indicada hidratação oral em casa ou hidratação venosa no próprio polo.
Além disso, outros dois polos foram inaugurados nesta manhã. Em Campo Grande, foi instalado no CMS Belizário Penna (Rua Franklin, 29), com 28 poltronas e macas. Já em Santa Cruz fica na Policlínica Lincoln de Freitas Filho (Rua Álvaro Alberto, 601), com 11 cadeiras e macas. Todos eles contam com consultório e sala de coleta e terão plantões diários com cerca de 12 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e pessoal de apoio operacional.
Os pacientes com quadros mais graves, com indicação de internação, serão regulados pela Central Municipal de Regulação como vaga zero (emergência) e transferidos para leitos dedicados à dengue nos hospitais da rede de urgência e emergência do município.
O Hospital Municipal Ronaldo Gazolla (HMRG), em Acari, poderá funcionar como unidade de concentração para a doença, inicialmente com 20 leitos. O hospital, que durante a pandemia de Covid-19 foi referência para o tratamento dos pacientes com quadros mais graves, tem expertise e preparo para passar rapidamente pelas alterações de fluxo necessárias em uma nova situação de epidemia. Ao todo, a unidade conta com 400 leitos.
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