Cariocas do ano: Daniel Soranz é o vencedor na categoria saúde

Aline Massuca/Metrópoles
Aline Massuca/Metrópoles

Quando assumiu a Secretaria Municipal de Saúde, em janeiro, o médico Daniel Soranz esbarrou com um cenário desanimador. Castigada pela Covid-19, a cidade havia fechado 2020 com quase 400 000 casos e 25 000 mortos. Os hospitais estavam sobrecarregados, centenas de pacientes aguardavam por leitos e a taxa de letalidade do vírus atingiu o maior índice do país, 88%. Mas quem falou em desânimo? “Eu queria muito conduzir a Saúde carioca naquele momento”, diz. “Sou sanitarista com mestrado em políticas públicas e doutorado em epidemiologia. Sabia o que era preciso fazer”.

Com o auxílio de um comitê especial de enfrentamento à Covid, que montou com especialistas de peso, o médico de 42 anos saiu na dianteira em questões cruciais, como a imunização de adolescentes e a dose de reforço. Mas, até dar alta ao último paciente internado com Covid-19 na rede municipal, em novembro, e celebrar a melhora do cenário epidemiológico nestas praias — as 33 regiões administrativas do município alcançaram o estágio de risco baixo para a transmissão do vírus em outubro —, não faltou trabalho.

“Eu queria muito conduzir a saúde carioca durante a pandemia. Sabia exatamente o que era preciso fazer”

Outra medida decisiva foi a contratação de profissionais que ajudaram a alavancar a testagem. Na sequência, a vacinação, que começou em janeiro, ganhou ritmo veloz graças a um bem organizado cronograma por faixa etária.

“Montamos um calendário de longo prazo, interrompemos a aplicação da AstraZeneca em gestantes e fizemos a vacinação cruzada com a Pfizer”, enumera o secretário, que já tinha comandado a pasta entre 2014 e 2016 e enfrentado surtos de dengue, zica e chicungunha. A experiência acumulada no combate dessas doenças foi vital agora, para frear com agilidade e transparência a Covid-19 no Rio.

 

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