G1 – 18/01/2023
Na comparação dos anos de 2020, que terminou pouco antes da vacinação começar, com o de 2022, número de casos é três vezes maior, mas taxa de mortalidade é quase sete vezes menor
Há exatos dois anos, uma cerimônia no Cristo Redentor deu início à vacinação contra a Covid no Rio de Janeiro. A imagem – até então de esperança – revela nos números, em 2023, uma realidade: o quase total controle das mortes causadas pela doença na capital fluminense.
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De janeiro a dezembro de 2020, semanas antes do início da vacinação, em 18 de janeiro de 2021, a cidade somou 222,6 mil casos e 18.962 óbitos. Ao longo de 2022, foram 754,8 mil casos e 2.729 óbitos. A taxa letalidade, que era de 8,7%, caiu para 0,4%.
“Nós temos no Rio uma taxa de mortalidade de Covid de 0,4%, isso é muito baixo. É um número para se comemorar. Se a gente compara o ano de 2020, o Rio era a pior capital com taxa de letalidade. Hoje, temos uma das menores do país”, afirmou o secretário de Saúde, Daniel Soranz, ao G1.
Soranz classificou a situação do Rio como ‘confortável’ em relação à Covid: “A gente consegue concluir que a cobertura vacinal garante uma diminuição no número de mortes. Temos 66% dos cariocas que receberam a dose de reforço”.
Menos de 20 internados
Segundo Soranz, o Rio tem menos de 20 pessoas internadas com a doença nesta quarta-feira (18). Além disso, segundo ele, o perfil dos pacientes mais graves é de pessoas que não completaram o esquema vacinal.
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“Após dois anos da vacina, a gente consegue ver o quanto esse período de vacinação foi importante. Hoje, o Rio de Janeiro tem menos de 20 pessoas internadas na cidade toda. Isso se deve à alta adesão do carioca à vacina. O perfil das pessoas internadas é, justamente, o de pessoas que não completaram o esquema vacinal. Nós aplicamos mais de 18 milhões de doses de vacina”, disse Soranz.
Carioca, você está em dia?
Dose inicial (D1)
- Pessoas com 3 anos ou mais que ainda não se vacinaram.
Segunda dose (D2)
- Pessoas com 5 anos ou mais que tomaram, na primeira dose, as vacinas CoronaVac, Pfizer ou AstraZeneca, de acordo com a data marcada no comprovante.
Primeira dose de reforço (DR1)
- Pessoas com 12 anos ou mais, com intervalo de 4 meses após a segunda dose;
- Pessoas com 18 anos ou mais que tomaram Janssen na dose inicial devem tomar o primeiro reforço 2 meses depois da primeira dose.
Segunda dose de reforço (DR2)
- Pessoas com 40 anos ou mais, com intervalo de 4 meses após a primeira dose de reforço;
- Trabalhadores da saúde com 18 anos ou mais, com intervalo de 4 meses após a primeira dose de reforço;
- Pessoas com 18 anos ou mais que tomaram Janssen na dose inicial, com intervalo de 4 meses após a primeira dose de reforço.
Terceira dose de reforço (DR3)
- Pessoas com 40 anos ou mais que tomaram Janssen na dose inicial, com intervalo de 4 meses após a segunda dose de reforço.
Leia a matéria na íntegra: Dois anos após início da vacinação contra Covid no Rio, cidade vê taxa de mortalidade cair de 8,7% para 0,4%: ‘Confortável’, diz secretário