O Globo – 07/07/2023
Unidade vai reduzir em 20% a fila de espera por cirurgia na cidade do Rio. Expectativa é que sejam feitos 30 mil procedimentos por ano
A Prefeitura do Rio inaugurou, nesta sexta-feira, o Super Centro Carioca de Cirurgia, nas novas instalações do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte. O projeto, anunciado pelo governo federal, amplia a oferta de cirurgias no Sistema Único de Saúde, reduzindo as filas de espera no Sistema de Regulação do Estado (Sisreg). O Super Centro possui 13 salas cirúrgicas e tem capacidade para realizar 30 mil procedimentos por ano, de diferentes especialidades. O evento contou com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, do prefeito, Eduardo Paes, e do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Entre 2022 e 2023, o Ronaldo Gazolla recebeu investimentos de mais de R$ 123 milhões em reformas, obras de ampliação e equipamentos de última geração. O antigo centro cirúrgico passou por obras estruturais e foi transformado no Super Centro Carioca de Cirurgia, com uma área total de 930 metros quadrados. Das 13 salas cirúrgicas, nove são equipadas para procedimentos por vídeo. A estrutura conta ainda com o Centro de Especialidades Cirúrgicas, onde são realizadas consultas e procedimentos cirúrgicos de menor porte.
– Nós já vivemos um período muito difícil na Saúde, quando assumimos uma rede desmontada e ainda mais naquele momento complicado da pandemia. Temos agora uma ministra que é do Rio, capaz, que fez um excepcional trabalho na Fiocruz e que acredita no SUS, nessa saúde pública que tentamos construir. É muito bom poder inaugurar esse Super Centro Carioca de Cirurgia, mas se conseguimos construir isso aqui é porque apostamos no governo federal e na capacidade de fazermos juntos uma saúde pública de qualidade – afirmou o prefeito Eduardo Paes.
Durante a inauguração, Paes anunciou que pretende fazer outro Super Centro na Zona Oeste.
A expectativa do secretário de Saúde, Daniel Soranz, é reduzir em 20% a fila de espera por cirurgia na capital.
– A ideia é que a gente consiga realizar aqui 30 mil cirurgias por ano e consiga acelerar o tempo de atendimento dos usuários do Sistema Único de Saúde na cidade do Rio de Janeiro – afirmou o secretário.
Durante o evento, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, comemorou a destinação de 300 vagas para o Programa Mais Médicos na cidade do Rio.
– Quero agradecer a todos esses trabalhadores comprometidos com o SUS, porque eu sei o que é ter uma situação deteriorada no setor de saúde. Nós, gestores, precisamos trabalhar juntos para que a política na saúde seja em defesa da população. Fiquei também muito feliz porque o secretário Daniel Soranz vai destinar 300 vagas para o programa Mais Médicos aqui no Rio de Janeiro. É assim que nós poderemos avançar. A nossa equipe é comprometida com o SUS. – disse a ministra.
Mais ampliações
O complexo ambulatorial da unidade também recebeu novos equipamentos e conta agora com cinco Centros: de Especialidades Médicas, Reabilitação, Diagnóstico Cardiológico, Diagnóstico Endoscópico e Diagnóstico por Imagem. A iniciativa vai aumentar a capacidade de consultas e exames. Segundo a direção, será oferecido uma média de 17 mil atendimentos por mês, em mais de 20 especialidades.
Tecnologia para monitorar os pacientes internados
Outra entrega do HMRG é a Central de Monitoramento Assistencial, que utiliza tecnologias de controle de parâmetros dos pacientes para fornecer dados em tempo real da evolução clínica das pessoas internadas. Segundo a prefeitura do Rio, é o maior centro de monitoramento assistencial do país, que conecta todos os 420 leitos do hospital.
O sistema monitora os indicadores de saúde e sinais vitais dos pacientes, como batimentos cardíacos, pressão sanguínea, temperatura, frequência respiratória, saturação de oxigênio, entre outros. Em caso de qualquer alteração, sinais de alerta são emitidos da sala de controle e os profissionais são acionados imediatamente, podendo agir de forma rápida. Isso garante agilidade e precisão no atendimento, reduzindo o tempo de intervenção no caso de instabilidade clínica do paciente.
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